Frase de Mary Shelley
“Não preciso descrever os sentimentos daqueles cujos laços mais preciosos destroem-se por esse mal irreparável, o vazio que se apresenta à alma, e o desespero que as fisionomias revelam. Foi preciso muito tempo para que nos convencêssemos de que aquela que víamos todos os dias e cuja existência partira para sempre - que o brilho de olhos adorados se extinguira, que o som de uma voz tão familiar e querida fora silenciado e nunca mais voltaria a ser ouvido. Costumam ser essas as reflexões nos primeiros dias; mas, quando o correr do tempo comprova a realidade do infortúnio, é então que começa o real amargor do sofrimento. Quem nunca teve, porém, algum ente querido arrebatado pela mão inclemente? E por que eu haveria de descrever um pesar que todos conhecem e que não têm como evitar? Chega, enfim, o momento em que o sofrimento é antes uma indulgência que uma necessidade; e o sorriso que brinca em nossos lábios, mesmo que seja condenado como um sacrilégio, não é banido. Minha mãe estava morta, mas nós ainda tínhamos nossas obrigações a cumprir; tínhamos que prosseguir em nosso caminho com os que haviam ficado e refletir que, afinal, havíamos tido sorte, pois a nós a morte poupara.”
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(Frankenstein)
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“Não, não quero mais gostar de ninguém porque dói. Não suporto mais a morte de ninguém que me é caro. Meu mundo é feito de pessoas que são minhas e eu não posso perdê-las sem me perder.”
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“Quando você perde alguém que você ama, e esse amor - essa pessoa - continua vivo, há então uma morte anormal. O nunca mais de não ter quem se ama torna-se tão irremediável quanto não ter nunca mais quem morreu. E dói mais fundo - porque se poderia ter, já que está vivo.”
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