Frases de Alberto Caeiro

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Identikit e dados pessoais
Nome
Fernando António
Sobrenome
Nogueira de Seabra Pessoa
Apelido
Alberto Caeiro
Frases, citações e aforismos de Alberto Caeiro
28 em português
Todas as frases de Alberto Caeiro
  • “Não acredito em Deus porque nunca o vi
    Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
    Sem dúvida que viria falar comigo
    E entraria pela minha porta adentro
    Dizendo-me, Aqui estou!”

    Alberto Caeiro
    [Tags:ateísmo, deus]
  • “O essencial é saber ver, mas isso, triste de nós que trazemos a alma vestida,
    isso exige um estudo profundo, aprendizagem de desaprender.
    Eu prefiro despir-me do que aprendi,
    eu procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram
    e raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
    desembrulhar-me e ser eu.”

    Alberto Caeiro
  • “Uma vez amei, julguei que me amariam mas não fui amado. Não fui amado pela única grande razão. Porque não tinha que ser. Consolei-me voltando ao sol e à chuva, E sentando-me outra vez à porta de casa. Os campos, afinal, não são tão verdes para os que são amados como para os que o não são. Sentir é estar distraído.”
    Alberto Caeiro
  • “Pouco me importa.
    Pouco me importa o quê?
    Não sei: pouco me importa.”

    Alberto Caeiro
    [Tags:indiferença]
  • “Não basta abrir a janela
    para ver os campos e o rio.
    Não é o bastante não ser cego
    para ver as árvores e as flores.
    É preciso também não ter filosofia nenhuma.
    Com filosofia não há árvores: há idéias apenas.
    Há só cada um de nós, como uma cave.
    Há só uma janela fechada, e o mundo lá fora;
    E um sonho do que se poderia ver se a janela se...” (continue)
    (continue lendo)
    Alberto Caeiro
  • “Nas cidades a vida é mais pequena
    Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
    Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
    Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que nossos olhos
    nos podem dar. E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.”

    Alberto Caeiro
  • “À noite quando me separo das coisas,
    E me aproximo das estrelas ou constelações distantes.
    Erro: porque o distante não é o próximo,
    E aproximá-lo é enganar-me.”

    Alberto Caeiro
  • “Preciso despir-me do que aprendi. Desencaixotar minhas emoções verdadeiras. Desembrulhar-me e ser eu! Uma aprendizagem de desaprendisagem...”
    Alberto Caeiro
  • “Porque ser uma cousa é não significar nada.
    Ser uma cousa é não ser susceptível de interpretação.”

    Alberto Caeiro
  • “Não sei o que é conhecer-me. Não vejo para dentro.
    Não acredito que eu exista por detrás de mim.”

    Alberto Caeiro
  • “O único sentido íntimo das coisas
    É elas não terem sentido íntimo nenhum”

    Alberto Caeiro
  • “Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava.”
    Alberto Caeiro
  • “Passou a diligência pela estrada, e foi-se;
    E a estrada não ficou mais bela, nem sequer mais feia.
    Assim é a ação humana pelo mundo fora.
    Nada tiramos e nada pomos; passamos e esquecemos;
    E o sol é sempre pontual todos os dias.”

    Alberto Caeiro
  • “Quem está ao sol e fecha os olhos,
    Começa a não saber o que é sol.
    (...)
    Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
    De todos os filósofos e de todos o poetas.”

    Alberto Caeiro
  • “Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
    A de serem verdes e copadas e de terem ramos
    E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
    A nós, que não sabemos dar por elas.
    Mas que melhor metafísica que a delas,
    Que é a de não saber para que vivem
    Nem saber que o não sabem?”

    Alberto Caeiro
  • “Os poetas místicos são filósofos doentes,
    E os filósofos são homens doidos.
    Porque os poetas místicos dizem que as flores sentem
    E dizem que as pedras têm alma
    E que os rios têm êxtases ao luar.”

    Alberto Caeiro
    [Tags:filósofos, poeta]
  • “Passa uma borboleta por diante de mim
    E pela primeira vez no Universo eu reparo
    Que as borboletas não têm cor nem movimento,
    Assim como as flores não têm perfume nem cor.
    A cor é que tem cor nas asas da borboleta,
    No movimento da borboleta o movimento é que se move,
    O perfume é que tem perfume no perfume da flor.
    A borboleta é apenas...” (continue)
    (continue lendo)
    Alberto Caeiro
  • “Procuro despir-me do que aprendi.
    Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
    E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
    Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
    Desembrulhar-me e ser eu.”

    Alberto Caeiro
  • “Para mim, graças a ter olhos só para ver,
    Eu vejo ausência de significação em todas as coisas;
    Vejo-o e amo-me, porque ser uma coisa é não significar nada.
    Ser uma coisa é não ser suscetível de interpretação.”

    Alberto Caeiro
  • “Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
    Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
    Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
    O que for, quando for, é que será o que é.”

    Alberto Caeiro
  • “Vale mais a pena ver uma cousa sempre pela primeira vez que conhecê-la,
    Porque conhecer é como nunca ter visto pela primeira vez,
    E nunca ter visto pela primeira vez é só ter ouvido contar.”

    Alberto Caeiro
  • “Falaram-me os homens em humanidade,
    Mas eu nunca vi homens nem vi humanidade.
    Vi vários homens assombrosamente diferentes entre si.
    Cada um separado do outro por um espaço sem homens.”

    Alberto Caeiro
    [Tags:homem, humanidade]
  • “Há metafísica bastante em não pensar em nada.
    O que penso eu do mundo?
    Sei lá o que penso do mundo!
    Se eu adoecesse pensaria nisso.

    (in O Guardador de Rebanhos)”

    Alberto Caeiro
  • “Um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse,
    Que nunca é o que se vê quando se abre a janela .”

    Alberto Caeiro
  • “Pensar em Deus é desobedecer a Deus,
    Porque Deus quis que o não conhecêssemos,
    Por isso se nos não mostrou...”

    Alberto Caeiro
    [Tags:deus, , pensar]
  • “Já não é a mesma hora, nem a mesma gente, nem nada igual.
    Ser real é isto.”

    Alberto Caeiro
  • “A mim este sol, estes prados, estas flores contentam-me.”
    Alberto Caeiro
    [Tags:natureza]
  • “Pensar é estar doente dos olhos.”
    Alberto Caeiro
    [Tags:doenças, pensar]
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