Todas as frases de Martha Medeiros
“Eu choro contraída, como se alguém estivesse perfurando minha alma com uma lâmina enferrujada, choro como quem implora, pare, não posso mais suportar.”
“Um choro de quem pede clemência, de quem está sendo confrontado com a morte.”
“Mas vou sair dessa, veja, já estou enxugando as lágrimas, mas procurando meu celular para fazer uma ligação qualquer, esses compromissos que a gente inventa para fingir que a vida continua.”
“Eu esqueço por onde estou indo, eu vejo você caminhando pelas calçadas e não é você, de repente todos os homens do mundo ficaram idênticos a você.”
“Mas, por ora, não existe futuro, não existe passado, não existe o tempo, eu olho a chuva pela janela e ela existe lá fora, eu não existo aqui dentro.”
“O desespero acalmou, virou uma tristeza amistosa que me impede de reagir, me impede de fazer planos, me impede até de sofrer-ela simplesmente me entorpece, imobiliza, é uma espécie de anestesia.”
“Continuo sentindo tudo o que sentia, mas já sem procurar lógica para esse sentimento atrofiante. Sigo triste, mas menos catastrófica.”
“Porque a morte de uma pessoa é o fim estabilizado, é o retorno para o nada, uma definição que ninguém questiona.”
“Estar com alguém só para não estar sozinho é solidão mal administrada.”
“Custamos a respeitar as dores invisíveis, para as quais não existem prontos-socorros. Não adianta assoprar que não passa.”
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