Todas as frases de Roland Barthes
“De amor não falemos. De que serviria dar nome ao que encerra somente o equívoco? Somos e não somos sós. E depois ser só não é ser só. Não estamos sós. Temo-nos um ao outro na distância e na ausência, que são só acidentes e nada de essencial atingem. Temo-nos no que ficou do fugidio encontro, na ternura renovada que nos inventamos ou recriamos....” (continue)(continue lendo)
“Tento recordar teu rosto, nome. Curioso, como às vezes nos escapam os traços da pessoa amada. Situo-te num passado já distante. Não te imagino num presente.De ti resta-me o que foste comigo.E foste – me ternura e descoberta do meu corpo, de minhas mãos até então inábeis que ensinaste a acariciar teus cabelos, a sentir teu corpo; e ainda...” (continue)(continue lendo)
“Ciúme: Sentimento que nasce no amor e que é produzido pelo medo que a pessoa amada prefira um outro.”
“Na distância imprecisa, meu amor, ignoramos de nós sequer a latitude.”
“Encontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso desejar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um. O outro pelo qual estou apaixonado me designa a especialidade do meu desejo.”
“Os carros hoje são quase equivalentes às grandes catedrais góticas: a suprema criação de uma era, concebida com paixão por artistas anÕnimos e consumida - como imagem ou na prática - por toda uma população que se apropria deles como objetos mágicos.”
“A Fotografia não fala (forçosamente) daquilo que não é mais, mas apenas e com certeza daquilo que foi.”
“O que a fotografia reproduz ao infinito só ocorreu uma vez: ela repete mecanicamente o que nunca mais poderá repetir-se existencialmente.”
“Escrever é sacudir o sentido do mundo.”
“Como termina um amor? – O quê? Termina? Em suma ninguém – exceto os outros – nunca sabe disso; uma espécie de inocência mascara o fim dessa coisa concebida, afirmada, vivida como se fosse eterna.”
Ao longo de uma vida, todos os “fracassos” de amor se parecem (pudera: procedem todos da mesma falha). X… e Y… não souberam (puderam, quiseram) responder ao meu “pedido”, aderir à minha “verdade”; não mexeram uma vírgula do seu sistema; para mim, um não fez senão repetir o outro. E, entretanto, X… e Y… são incomparáveis; é da diferença entre... (continue)(continue lendo)
“Eu sofro a tua ausência te quero sonho com você para você contra você me responde teu nome é um perfume espalhado.”
“Ninguém tem vontade de falar de amor, se não for para alguém.”
“Como ciumento sofro quatro vezes: porque sou ciumento, porque me reprovo de sê-lo, porque temo que meu ciúme machuque o outro, porque me deixo dominar por uma banalidade: sofro por ser excluído, por ser agressivo, por ser louco e por ser comum.”
“Toda a recusa duma linguagem é uma morte.”
“A literatura não permite caminhar, mas permite respirar.”
“O fascismo não é impedir-nos de dizer, é obrigar-nos a dizer.”
“A linguagem é como uma pele: com ela eu entre em contato com os outros.”
“A ciência é grosseira, a vida é sutil, e é para corrigir essa distância que a literatura nos importa.”
“Toda a lei que oprime um discurso esta insuficientemente fundamentada.”
“No fundo a Fotografia é subversiva, não quando aterroriza, perturba ou mesmo estigmatiza, mas quando é pensativa.”
“A fotografia sempre me espanta, com um espanto que dura e se renova, inesgotavelmente.”
“Assim é a Foto: não pode dizer o que ela dá a ver.”
“A foto-retrato é um campo cerrado de forças. Quatro imaginários aí se cruzam... diante da objetiva, sou ao mesmo tempo, aquele que a fotografia me julga e aquele de que se serve para exibir sua arte.”
“A doença de Michelet é a enxaqueca, esse misto de ofuscamento e náusea.”
“Michelet morre quando não trabalha (quantas declarações a respeito!) –isso significa que tudo nele é preparado para construir a história como um alimento.”
“Vimos ele próprio ameaçado pela poesia como por um inferno natal, e aspirando à prosa como a uma libertação decisiva, a qual permitiria devorar a história e formar com ela um mesmo tecido.”
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