Todas as frases de Thomas Mann
“O interesse pela doença e pela morte é apenas outra expressão do interesse pela vida.”
“Os grandes moralistas não são virtuosos, mas aventureiros no mal, nos vícios, nos grandes pecados que tentam nos inclinar cristianamente diante da miséria.”
“Que é o tempo? Um mistério: é imaterial e – onipotente. É uma condição do mundo exterior; é um movimento ligado e mesclado à existência dos corpos no espaço e à sua marcha.”
“No mais profundo de si mesmo, um artista é sempre um aventureiro.”
“Parece que será necessário procurar a moral não na virtude, quer dizer, não na razão, na disciplina, nos bons modos, na honestidade – mas sobretudo no contrário, eu quero dizer: no pecado; se lançando ao perigo, ao que é nocivo, àquilo que nos consome. Parece-nos que é mais moral se perder e mesmo se deixar debilitar do que se conservar.”
“As observações e as vivências do solitário calado são ao mesmo tempo mais difusas e intensas do que as dos seres sociáveis, seus pensamentos, mais graves, mais fantasiosos e sempre marcados por um laivo de tristeza.”
“A música desperta o tempo; desperta a nós, para tirarmos do tempo um gozo mais refinado; desperta... e portanto é moral. A arte é moral na medida em que desperta.”
“O deus do Amor, na verdade, age como os matemáticos que mostram às crianças imagens concretas das formas puras que estão além de seu alcance; assim também o deus para nos tornar visível o imaterial, gosta de utilizar da forma e cor de um jovem corpo humano, que ela adorna com todo o reflexo da beleza, para fazer dele um instrumento da recordação...” (continue)(continue lendo)
“A beleza, meu caro Fedro, e apenas ela, é simultaneamente visível e enlevadora.”
“Não pode haver relações mais estranhas, mais melindrosas do que as de pessoas que só se conhecem de vista, que se encontram e se observam mutuamente todos os dias, hora por hora, e todavia estão coagidas, devido a convenções ou caprichos particulares, a fingirem fria indiferença, sem se cumprimentarem nem falarem uma com a outra. Entre elas...” (continue)(continue lendo)
“Aschenbach considerara a pouca satisfação consigo mesmo a essência e íntima natureza do talento. Por causa dela, tinha o hábito de reprimir e temperar o sentimento, sabendo que este tende a se contentar com a aproximação feliz e a perfeição parcial.”
“A felicidade do escritor é o pensamento que consegue transformar-se completamente em sentimento, é o sentimento que consegue transformar-se completamente em pensamento.”
“Para o desesperado, a partida não parece menos impossível do que o retorno.”
“Certamente é bom que o mundo conheça apenas a obra bela e não as suas origens nem as condições em que foi gerada; pois o conhecimento das fontes de onde provém a inspiração para o artista causaria frequentemente perturbação e espanto, neutralizando assim os efeitos da excelência.”
“A solidão mostra o original, a beleza ousada e surpreendente, a poesia. Mas a solidão também mostra o avesso, o desproporcionado, o absurdo e o ilícito.”
“Ofensas devem ser feitas de propósito, do contrário não são ofensas.”
“Manifestam pouca cultura os viajantes que zombam dos costumes e dos conceitos dos povos que os acolhem; há muitos tipos de qualidades suscetíveis de conferir honra a quem as possui.”
“A nossa morte é assunto dos sobreviventes, mais do que de nós próprios.”
“A existência é mais divertida a dois.”
“O sintoma da doença nada é senão a manifestação disfarçada da potência do amor; e toda doença é apenas amor transformado.”
“O que se chama tédio é, na realidade, antes uma brevidade mórbida do tempo, provocada pela monotonia.”
“Um jovem de talento não é uma folha em branco, senão uma folha sobre a qual tudo já foi escrito, com tinta simpática, por assim dizer, tudo, tanto o bem como o mal, e cumpre ao educador desenvolver decididamente o bem e apagar, mediante uma influência adequada, o mal que deseja manifestar-se... ”
“Todo caminho que trilhamos pela primeira vez é muito mais longo do que o mesmo caminho quando já o conhecemos.”
“Quando se presta atenção ao tempo, ele passa muito devagar.”
“A guerra é a saída covarde para os problemas da paz.”
“Que era, então, a vida? Era calor, o calor produzido pela instabilidade preservadora da forma; era uma febre da matéria, que acompanhava o processo incessante decomposição e reconstituição de moléculas de albumina, insubsistentes pela complicação e pela engenhosidade.”
“Só o amor, e não a razão, é mais forte do que a morte.”
“As estrelas não chegamos a cobiçar, a esperança... oh, a esperança tem sido a melhor coisa na vida.”
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