Memórias do Subsolo
Título: Memórias do Subsolo
Título original: Zapiski iz podpol´ja
Autor:Fiódor Mikhailovich Dostoiévski
Ano de lançamento: 1864
Título original: Zapiski iz podpol´ja
Autor:Fiódor Mikhailovich Dostoiévski
Ano de lançamento: 1864
Frases de “Memórias do Subsolo” 14 citações
“Onde não existe amor, também não há razão.”
(...) desacostumados da vida, todos capengamos, uns mais, outros menos. Desacostumamo-nos mesmo a tal ponto que sentimos por vezes certa repulsa pela "vida viva", e achamos intolerável que alguém a lembre a nós. Chegamos a tal ponto que a "vida viva" autêntica é considerada por nós quase um trabalho, um emprego, e todos concordamos no íntimo que... (continue)(continue lendo)
“Se a vontade se combinar um dia completamente com a razão, passaremos a raciocinar em vez de desejar, justamente porque não podemos, por exemplo, conservando o uso da razão, querer algo desprovido de sentido e, deste modo, ir conscientemente contra a razão e desejar aquilo que é nocivo a nós próprios.”
“A razão, meus senhores, é coisa boa, não há dúvida, mas razão é só razão e satisfaz apenas a capacidade racional do homem, enquanto o ato de querer constitui a manifestação de toda a vida, isto é, de toda a vida humana, com a razão e com todo o coçar-se. E, embora a nossa vida, nessa manifestação, resulte muitas vezes em algo bem ignóbil, é...” (continue)(continue lendo)
“Todo homem decente de nossa época é e deve ser covarde e escravo. É a sua condição normal.”
“Quarenta anos são, na realidade, a vida toda; de fato, isso constitui a mais avançada velhice. Viver além dos quarenta anos é indecente, vulgar, imoral!”
“Sou um homem doente... Um homem mau. Um homem desagradável. Creio que sofro do fígado. Aliás, não entendo níquel da minha doença e não sei, ao certo, do que estou sofrendo. Não me trato e nunca me tratei, embora respeite a medicina e os médicos. Ademais sou supersticioso ao extremo; bem, ao menos o bastante para respeitar a medicina. (...) Mas,...” (continue)(continue lendo)
“Em breve, inventaremos algum modo de nascer de uma ideia.”
“O homem é um animal criador por excelência, condenado a tender conscientemente para um objetivo e a ocupar-se da arte da engenharia, isto é, abrir para si mesmo um caminho, eterna e incessantemente, para onde quer que seja.”
“Esta peçonha dos desejos insatisfeitos que penetraram no interior do ser; em toda esta febre das vacilações, das decisões tomadas para sempre e dos arrependimentos (...).”
“Mas que fazer, se a destinação única e direta de todo homem inteligente é apenas a tagarelice, uma intencional transferência do oco para o vazio?”
“Um homem inteligente do século dezenove precisa e está moralmente obrigado a ser uma criatura eminentemente sem caráter; e uma pessoa de caráter, de ação, deve ser sobretudo limitada.”
“Dizei-me: de que pode falar um homem decente com o máximo de prazer? Resposta: de si mesmo.”
“Não se pode perdoar as leis da natureza nem esquecer, pois, ainda que se trate das leis da natureza, sempre é ofensivo.”
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