“De repente as coisas não precisam mais fazer sentido. Satisfaço-me em ser. Tu és? Tenho certeza que sim. O não sentido das coisas me faz ter um sorriso de complacência. De certo tudo deve estar sendo o que é. in Um Sopro de Vida”
Clarice Lispector
“E a escuridão se torna tão maior. Estou caindo numa tristeza sem dor. Não é mau. Faz parte. Amanhã provavelmente terei alguma alegria, também sem grande êxtases, só alegria, e isso também não é mau. É, mas não estou gostando muito deste pacto com a mediocridade de viver.”
Clarice Lispector
“Eu me dou melhor comigo mesma quando estou infeliz: há um encontro. Quando me sinto feliz, parece-me que sou outra. Embora outra da mesma. Outra estranhamente alegre, esfuziante, levemente infeliz é mais tranqüilo. Tenho tanta vontade de ser corriqueira e um pouco vulgar e dizer: a esperança é a última que morre.”
Clarice Lispector
“Já que sou, o jeito é ser. Ser romântica é o que fode com tudo. Acreditar. E querer. E querer. E querer... Crer. E esperar. E, mais do que tudo, sonhar. Se eu tivesse nascido com uma pedra de gelo no lugar do meu coração, talvez fosse tudo mais fácil. Mas aí eu não seria eu. E, mesmo com todas as complicações que isso implica, eu gosto de ser...”
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“Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha,...”
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